top of page

ESCOLA TORÁH

Batismo

Lição 02 - Batismo
Título: Jesus – Sacrifício perfeito

“Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez.” (Hb 10.10).

VERDADE PRÁTICA

 

Os holocaustos da Antiga Aliança eram transitórios e imperfeitos, mas o sacrifício de Jesus Cristo é perfeito e eterno, porque Ele morreu e ressuscitou eficazmente por toda a humanidade.

 

LEITURA RECOMENDADA

 

  • Segunda-feira – Levítico 1.9 - O cheiro suave do holocausto 

  • Terça-feira – 1 Samuel 6.14 - O holocausto como ação de graças

  • Quarta-feira – Salmos 40.6 - O holocausto, figura da morte de Cristo

  • Quinta-feira – Gênesis 8.20 - O holocausto de Noé

  • Sexta-feira – Gênesis 22.13 - O holocausto de Abraão

  • Sábado – Filipenses 4.18 - A oferenda dos filipenses

INTERAÇÃO

 

INTRODÃO

 

Holocausto: sacrifício para remissão dos pecados cometidos.

 

Apesar da glória e da simbologia do holocausto, os profetas não demoraram a revelar a transitoriedade desse ritual levítico. Eles sabiam que, embora a oferenda fosse eficiente como tipo de um sacrifício melhor e definitivo, não era eficaz, em si mesma, para redimir o pecador. Por isso, o holocausto tinha de ser oferecido, pela fé, com os olhos postos no Calvário.

Conforme veremos nesta lição, o Senhor Jesus Cristo, ao encarnar-se, tornou-se o holocausto perfeito, para resgatar-nos de nossos pecados, tornando-nos propícios ao Pai. Ele é o Holocausto dos holocaustos.

 

I. HOLOCAUSTO, O SACRIFÍCIO MAIS ANTIGO

 

1. Definição de Holocausto. O termo holocausto provém do vocábulo hebraico olah, que, entre outras coisas, significa: ascender ou ir para cima. É uma referência tanto à fumaça da oferta queimada que subia, como a essência dessa mesma oferta que se elevava às narinas do Senhor como cheiro agradável (Lv 1.9).

O holocausto era o primeiro e mais importante sacrifício do culto divino no Antigo Testamento (Lv 1.1-3). Consistindo no oferecimento de aves e de animais, a oferenda implicava a queima total da vítima, como sacrifício incondicional ao Senhor (Lv 1.9). Era a oferta que abria as solenidades diárias, sabáticas, mensais e anuais do calendário levítico. A cerimônia era conhecida também como oferta queimada. Simbolicamente, Paulo considerou a atitude dos irmãos filipenses, em favor da obra missionária, como holocausto de aroma suave (Fp 4.18).

 

2. Objetivos do Holocausto. Dois eram os principais objetivos do holocausto: tornar o homem propício a Deus, e aprofundar a comunhão de Israel com o Senhor (Lv. 1.9).

O holocausto não era oferecido apenas pela culpa do pecado; era ofertado também como ação de graças a Deus por uma vitória alcançada (Lv 1.4; cf. 1 Sm 6.14). O sacrifício representava, ainda, uma oração dramática que o adorador, através do sacerdote, endereçava ao Senhor (Sl 116.17). Todavia, o ritual, para ter validade, tinha de ser oferecido com fé e confiança na intervenção divina.

 

3. A tipologia do Holocausto. Os profetas sabiam que os sacrifícios do Antigo Testamento eram transitórios, e que uma aliança superior e definitiva já havia sido providenciada por Deus (Jr.31.31-33). Davi, por exemplo, estava ciente de que o holocausto apontava para um sacrifício melhor (Sl 40.6; Hb 10.8). Mais adiante, voltaremos ao assunto.

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (I)

 

O holocausto é a oferta principal e mais antiga do Antigo Testamento. 

II. O HOLOCAUSTO NA HISTÓRIA DE ISRAEL

 

A oferenda de holocaustos pode ser encontrada nos três principais períodos da história de Israel no Antigo Testamento: patriarcal, mosaico e nacional.

 

1. Período patriarcal. O sacrifício dos patriarcas Noé e Abraão (Gn 8.20; 22.13) foi apresentado de acordo com a oferenda, ou seja, um holocausto, que Abel ofereceu ao Senhor. Por isso a oferenda pode ser considerada a mais antiga da história sagrada (Gn 4.4).

 

2. Período mosaico. Após a saída dos filhos de Israel do Egito, o Senhor instruiu Moisés a sistematizar o culto divino, a m de evitar impurezas e práticas pagãs. Quanto ao holocausto, por exemplo, apesar de já ser uma tradição na comunidade hebreia, teria de ser oferecido, a seguir, segundo critérios e normas bem definidos. Seria exigido, por exemplo, um altar apropriado para as ofertas queimadas (Êx 31.9). Como pode ser visto nas especificações da cerimônia nos capítulos de 1 a 6 de Levítico. Portanto, tudo seria executado de conformidade com as regras estabelecidas por Deus. Caso contrário, os israelitas corriam o risco de se enveredar pelas idolatrias egípcias e cananeias.

 

3. Período nacional. Após a conquista de Israel, os holocaustos continuaram a ser oferecidos ao Senhor por vários motivos. Josué celebrou uma importante vitória sobre os cananeus com ofertas queimadas e pacíficas (Js 8.31). Gideão, ao ser comissionado pelo Senhor para libertar Israel, adorou-o com igual oferenda (Jz 6.26). Quanto a Samuel, ofereceu ao Senhor o mesmo sacrifício, antecipando uma grande vitória sobre os filisteus (1 Sm 13.9,10). A reforma de Ezequias também foi marcada por holocaustos (2 Cr 29.7-35).

Após o retorno do exílio, os judeus, agradecidos a Deus pela restauração de seu culto, também lhe apresentaram ofertas queimadas (Ed 8.35).

Ao aproximar-se do Senhor com uma oferta queimada, o crente hebreu mostrava, através desse rito, a sua disposição de entregar, não somente a vítima ao Senhor, como também a si mesmo. O Salmo 51 revela tal voluntariedade no Rei Davi. Todos esses holocaustos prefiguravam a vinda de Jesus Cristo, o sacrifício vicário perfeito.

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (II)

 

O holocausto faz parte da história de Israel, e era ato profético da vinda e morte de Jesus Cristo.

III. JESUS CRISTO, O HOLOCAUSTO PERFEITO

 

A fim de que o Filho de Deus se tornasse o nosso holocausto perfeito, três coisas lhe foram necessárias: a encarnação, o sofrimento e, finalmente, a morte e ressurreição.

 

1. A encarnação de Cristo. A encarnação de Cristo foi o cumprimento cabal e perfeito da profecia de Davi: “Sacrifício e oferta não quiseste; os meus ouvidos abriste; holocausto e expiação pelo pecado não reclamaste” (Sl 40.6).

O Messias reconhece, através do Salmista, que os holocaustos são ineficazes, em si mesmos, para redimir o pecador. Eis porque Ele, o Filho de Deus, apresentou-se como a oferta e o ofertante, para resgatar eficazmente a humanidade (Hb 10.1-10). Nessa condição, Jesus Cristo foi provado em todas as coisas, exceto no pecado, a fim de mostrar a eficácia de seu maravilhoso, eterno e definitivo sacrifício (Hb 9.26).

 

2. O sofrimento de Cristo. Assim como a vítima do holocausto era, antes de ser queimada, repartida em pedaços, o Senhor Jesus foi submetido a todos os sofrimentos, angústias e dores (Is 53). Diz o profeta que o Ungido de Deus sabia o que era padecer. O autor da Epístola aos Hebreus arma, por sua vez, que o Senhor Jesus, durante o seu ministério terreno, apresentou ao Pai, constantes clamores e lágrimas (Hb 5.7).

Jesus Cristo foi duramente provado em todas as coisas. Mas, vencendo-as, apresentou um testemunho fiel e poderoso na Terra, nos Céus e no próprio Inferno (Fp 2.9-11). Na condição de Cordeiro de Deus, o Holocausto dos holocaustos, Ele reunia, em si, o cumprimento de todas as ofertas, oferendas e sacrifícios do livro de Levítico (Jo 1.29). No Apocalipse, o Leão da tribo de Judá ainda é glorificado como o Cordeiro que foi morto em nosso lugar (Ap 5.6).

 

3. A morte e ressurreição de Cristo. O auge do sofrimento de Jesus Cristo, como o nosso perfeitíssimo holocausto, foi a sua morte no Calvário. Ele foi morto e sepultado (Mt 27.59-66). Mas, no terceiro dia, eis que ressurge dos mortos como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Mt 28.1-10). Com a sua ressurreição, Jesus plenifica o sacrifício perfeito, como ofertante e oferta (Hb 9.27,28). Ele é o Holocausto dos holocaustos. Aleluia!

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (III)

 

Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, é o sacrifício perfeito.

 

 

 

 CONCLUSÃO

 

Esta lição faz-nos refletir sobre o sacrifício perfeito de Jesus Cristo. Ele morreu eficazmente por mim e por você. Por essa razão, temos de viver uma vida de santidade e pureza. Somente assim, seremos vistos pelo Pai Celeste como fiéis testemunhas do Evangelho. Não podemos ignorar o sacrifício de Cristo. Se o fizermos, sobre nós recairá o justo e esperado juízo de Deus (Hb 10.26,27).

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

 

Subsídio Teológico

 

“Cristo a perfeita oferta

Foi ele, o consagrado, que disse: ‘Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração’ (Sl 40.8); ‘A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra’ (Jo 4.34); e ‘[…] porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai, que me enviou’ (Jo 5.30). Também em João 17.4, na grande oração sacerdotal, Ele disse: ‘Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer’. Na cruz, uma de suas últimas elocuções foi: ‘Está consumado’. Certamente, a Salvação estava completa para nós. Jesus foi a primeira oferta de holocausto perfeita trazida perante Deus.

Cristo foi a oferta de holocausto. Ele nasceu para que pudéssemos renascer, Ele morreu para que pudéssemos morrer para o pecado e viver nEle, Ele ressuscitou para que pudéssemos conhecer o poder de sua ressurreição em nossas vidas. ‘E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita’ (Rm 8.11)”

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Desde a queda do homem no Éden, quando Deus sacrificou o primeiro cordeiro para cobrir “as vergonhas” de Adão e Eva, Deus já prefigurava a redenção de sua criação. Mas não era possível que outra criatura fosse suficiente para o resgate total. Assim, o próprio Deus, na figura no Filho, toma a forma humana desfazendo-se de todo poder e glória.

E ao se tornar um de nós, Jesus sacrificou-se voluntariamente pela humanidade, trazendo o conserto entre Deus e sua criação. Um amor tamanho que nos constrange. E é graças a este amor que hoje podemos nos aproximar do Pai e, estarmos com Ele eternamente.

 

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2007.

ZUCK, R. B. Teologia do Antigo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2009.

 

EXERCÍCIOS

  1. O que é holocausto?

  2. Quando o holocausto começou a ser oferecido?

  3. Quais os objetivos do holocausto?

  4. Quando o holocausto foi regulamentado em Israel?

  5. Quem é o nosso holocausto perfeito?

SOBRE NÓS

Pregando o evangelho de Jesus Cristo através de atos e não apenas palavras, buscamos cumprir o ide e o amar o próximo. Ajudando a quem mais precisa com amor, ensino e serviços de apoio social.

LOCALIZAÇÃO

Rua Severiano Nunes 168, Aleixo

Manaus - Am

info@maiscristo.org

CONECTE-SE NEWSLETTER
  • Grey Twitter Icon
  • Grey Facebook Icon

© 2016 por Igreja Batista MAIS CRISTO.

bottom of page