top of page

ESCOLA TORÁH

Batismo

Lição 06 - Batismo
Título: A verdadeira prosperidade cristã – uma vida abundante

“Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria” (2 Co 9.7).

VERDADE PRÁTICA

 

A chave da verdadeira prosperidade está em ser fiel a Deus em tudo, e não apenas, ou, principalmente, na prática dos dízimos e das ofertas.

LEITURA RECOMENDADA

 

  • Segunda-feira – 1 Coríntios 9.13 - A liberalidade no ofertar

  • Terça-feira – Gênesis 28.22 - A prática dos dízimos e ofertas precede a lei

  • Quarta-feira – Gênesis 14.20 - Um símbolo de gratidão

  • Quinta-feira – 2 Coríntios 9.8 - Em toda boa obra

  • Sexta-feira – Malaquias 3.10 - O derramar de Deus

  • Sábado – Joel 2.25 - Restituição de Deus

INTERAÇÃO

 

INTRODÃO

 

Dízimo: Décima parte de tudo aquilo que é devolvido ao Senhor, quer em dinheiro, quer em produtos e bens.

 

A lição de hoje tem como objetivo estudar um tema muito conhecido e ainda tratado de forma equivocada por alguns. As distorções provenientes da Teologia da Prosperidade comprometem as práticas bíblicas de o crente ofertar e dizimar para a Obra do Senhor. Nesta aula, porém, você terá oportunidade de verificar o assunto à luz das Escrituras Sagradas.

 

I. DÍZIMOS E OFERTAS NA BÍBLIA

 

1. O Antigo Testamento. O vocábulo dízimo quer dizer “a décima parte”. No contexto bíblico, refere-se àquilo que é devolvido ao Senhor, quer em dinheiro, quer em produtos e bens (Pv 3.9). Já a oferta tem o sentido de contribuição voluntária. O que deve ficar claro é que a lei mosaica não criou as práticas do dízimo ou das ofertas, mas apenas deu-lhes conteúdo e forma através das diversas normas ou leis que as regulamentaram. Tal verdade fica patente ao constatar que o ofertar já era uma prática observada nos dias de Abel (Gn 4.4), e que o dízimo já era praticado pelos patriarcas (Gn 14.20; 28.22). No período mosaico, o dízimo aparece como preceito de um princípio já existente no período patriarcal. Os preceitos mudam e até desaparecem, todavia, os princípios são imutáveis e permanentes. De acordo com a Lei de Moisés, os dízimos deveriam ser entregues aos sacerdotes para a manutenção do culto e para o sustento dos levitas, já que estes não tinham possessão em Israel (Nm 18.20-32).

 

2. O Novo Testamento. Os que supõem estar a prática do dízimo restrita ao Antigo Testamento precisam entender que a natureza e os fundamentos do culto não mudaram. Mudou apenas a forma e a liturgia, mas não a sua função: a adoração a Deus deve ser em espírito e verdade! O culto levítico com seus rituais já não existe. Todavia, o princípio da adoração continua o mesmo (1 Pe 2.9; Ap 1.6). O dízimo levítico pertencia à ordem de Arão, que era transitória. Todavia, o dízimo cristão pertence à ordem de Melquisedeque que é eterna e, portanto, anterior à Lei de Moisés (Hb 5.10; 7.1-10; Sl 110.4). Jesus não veio ab-rogar a lei, mas cumpri-la (Mt 5.17). Ele não apenas reconheceu a observância da prática do dízimo, mas a recomendou (Mt 23.23). Nas epístolas, Paulo faz referência ao dízimo levítico para extrair dele o princípio de que o obreiro é digno do seu salário (1 Co 9.9-14; Lv 6.16,26; Dt 18.1). Se o apóstolo não reconhecesse a legitimidade da prática do dízimo, jamais teria usado esses textos do Antigo Testamento. 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (I)

 

A prática do dízimo não está restrita ao Antigo Testamento. Ela também é incentivada pelos apóstolos em o Novo Testamento. 

II. A PRÁTICA DO DÍZIMO E DAS OFERTAS COMO FORMA DE ADORAÇÃO

 

1. Reconhecimento da soberania e da bondade de Deus. Um dos princípios básicos da prática do dízimo é o reconhecimento de que Deus é soberano sobre todas as coisas. Tudo vem dEle e é para Ele (Ag 2.8; Cl 1.17). Quando o crente devolve a Deus o seu dízimo, demonstra que reconhece o Senhor como a fonte de todas as coisas. À saudação de Melquisedeque: “Bendito seja o Deus Altíssimo!”, respondeu Abraão dando-lhe o dízimo (Gn 14.20). O princípio da devolução do dízimo demonstra que somos dependentes de Deus. É lamentável que alguns crentes ignorem esse fato e ajam como se as suas conquistas materiais fossem apenas mérito de seus esforços (Jz 7.2).

 

2. Reconhecimento do valor do próximo. Deuteronômio registra que havia um tipo de dízimo que deveria ser repartido entre os pobres (Dt 14.28,29; 26.12-15). Esse “dízimo comunitário” devia ser praticado a cada três anos. O propósito é mostrar apreço pelos menos favorecidos. Inclusive, há uma promessa de a bênção do Senhor estar sobre todas as atividades de quem cumprir esse preceito.

 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (II)

 

Um dos princípios básicos da prática do dízimo, tanto no Antigo Testamento como em o Novo, é o reconhecimento de que Deus é soberano sobre todas as coisas.

III. DÍZIMOS E OFERTAS COMO FONTES DE BÊNÇÃOS

 

1. A bênção da multiplicação. Tanto o Antigo como o Novo Testamento demonstram que Deus reconhece e recompensa a fidelidade do seu povo. Quando o crente é liberal em contribuir para o Reino de Deus, uma decorrência natural do seu gesto é a bênção da multiplicação dada pelo Senhor. Deus promete derramar bênçãos sem medida e fazer abundar em toda graça (2 Co 9.6-10). Malaquias relaciona a prosperidade do povo de Israel à devolução dos dízimos e das ofertas (Ml 3.10,11). O mesmo princípio é destacado em o Novo Testamento quando Paulo diz que Deus é poderoso para fazer abundar em toda graça aqueles que demonstram voluntariedade em contribuir para o Reino de Deus.

 

2. A bênção da restituição. A Bíblia revela que o Senhor é um Deus de restituição (Jl 2.25). O profeta Joel mostra que a terra de Israel era atacada constantemente por gafanhotos que, em diferentes estágios de desenvolvimento, destruíam as suas lavouras. Para garantir a sobrevivência do povo, Deus promete restituir o que a praga consumiu (Jl 1.4; 2.25; Na 3.16). Malaquias associa o devorador àquele “que consome o fruto da terra” (Ml 3.11). A referência aplica-se, num primeiro plano, às pragas de gafanhotos, e num segundo plano a toda ação do mal sobre o povo.

 

3. A bênção da provisão. Na Antiga Aliança, o Senhor prometeu “derramar bênçãos sem medida” sobre o seu povo (Ml 3.10). Na Nova Aliança, Ele deseja que o crente tenha “toda suficiência” (2 Co 9.8). A prosperidade bíblica é viver na suficiência de Cristo (2 Co 3.5; 9.8). Tal suficiência é vista como sendo a provisão divina para os filhos de Deus. Deve ser lembrado, no entanto, que essa suficiência não deve ser confundida simplesmente com a aquisição de posses materiais, mas o ter o necessário para viver com dignidade e, principalmente, possuir paz com Deus e alegrar-se nEle (Fp 4.11; 2 Ts 3.16). Por toda a Escritura, observamos o cuidado do Senhor no sentido de prover para o seu povo aquilo que é necessário para o seu viver (Mt 6.25-33). Quando conscientizarmo-nos que estamos honrando o Senhor com nossos dízimos e ofertas, Ele derramará sobre nós sua provisão. 

 

 

SINOPSE DO TÓPICO (III)

 

Um dos propósitos do batismo em águas é simbolizar a morte, sepultamento e ressurreição do novo crente e sua nova vida em Cristo.

 

 CONCLUSÃO

 

Vimos, pois, que a prática dos dízimos e das ofertas sempre esteve presente na história do povo de Deus. Evidentemente que fica para nós o princípio de que somos abençoados não porque contribuímos, mas contribuímos porque já somos abençoados. Deus reconhece a voluntariedade do crente em contribuir para o seu Reino e, por graça e misericórdia, derrama sobre nós as suas muitas e ricas bênçãos. 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

 

Subsídio Teológico

 

“A prática do dízimo ensinada no Novo Testamento

Há três referências do dízimo no Novo Testamento. Duas delas são paralelas e se referem ao ensino de Jesus dado aos fariseus (Mt 23.23; Lc 11.42). A terceira referência encontra-se na carta aos Hebreus (Hb 7.1-10). Existe uma teoria anti-dizimista que utiliza esse texto para rejeitar a prática do dízimo na dispensação da graça. O texto está provando a superioridade de Cristo sobre a velha dispensação, e de modo particular, sobre o sacerdócio judaico. O texto diz que Abraão pagou seu dízimo a Melquisedeque, que era sacerdote do ‘Deus Altíssimo’. Ora, isto foi muito antes da instituição da Lei do Antigo Testamento. Se Melquisedeque era figura de Cristo, Abraão lhe deu o dízimo. Assim sendo, hoje os crentes em Cristo lhe dão os dízimos, pois Ele é Sacerdote Eterno, segundo a ordem de Melquisedeque. Se Melquisedeque recebeu os dízimos de Abraão, por que Cristo não receberia o dízimo de seus fiéis para a propagação do evangelho?

Paulo declara e ensina à igreja em Corinto que os que trabalham no ministério cristão também devem viver do ministério (1 Co 9.13). Destaca também que o princípio do sustento do ministério sacerdotal na dispensação da lei é o mesmo da graça. Paulo estava discutindo o seu direito ao seu sustento por parte das igrejas com as quais estava trabalhando. Com esse argumento ele estabelece o princípio entre as duas dispensações, a lei e a graça, e diz: ‘Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho’” (1 Co 9.14) 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

A prática do dízimo e das ofertas nos últimos anos tem sido descaracterizada de seu real significado. E essa mudança tem gerado consequências tanto entre os crentes como entre os não crentes. Nos crentes têm gerado, de maneira errônea, a crença de que só serão abençoados se foram dizimistas. Esse pensamento muito se assemelha a cobrança das indulgências na Idade Média. Já entre os não crentes, a perda da espontaneidade das pessoas em dar, aliado ao pedir constante vindo dos púlpitos das igrejas, faz com que se crie uma rejeição ao evangelismo que passa a ser visto apenas como uma forma de enriquecimento dos líderes.

Dizimar e ofertar é uma disposição do coração, de um coração agradecido a Deus por sua graça, misericórdia e benevolência. Se não for por isso torna-se apenas um legalismo, ou, ainda pior, uma transação de favores em o crente e a figura divina, onde se dá pensando no que vai receber depois.

Então ao dizimar e ofertar é preciso primeiro compreender o princípio que rege tal ato e, em seguida, ter um coração livre de apego as coisas materiais. Dessa forma nossas ofertas agradáveis a Deus.

 

 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

 

RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2007.

ZUCK, R. B. Teologia do Antigo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2009.

 

EXERCÍCIOS

  1. Qual o sentido literal da palavra “dízimo”?

  2. De acordo com a Lei passada através de Moisés a quem deveria ser entregue os dízimos?

  3. Para que eram utilizados os dízimos e as ofertas no Antigo Testamento?

  4. Cite um dos princípios básicos da prática do dizimar e ofertar?

  5. Ao dizimar e ofertar qual deve ser a disposição de nosso coração?

SOBRE NÓS

Pregando o evangelho de Jesus Cristo através de atos e não apenas palavras, buscamos cumprir o ide e o amar o próximo. Ajudando a quem mais precisa com amor, ensino e serviços de apoio social.

LOCALIZAÇÃO

Rua Severiano Nunes 168, Aleixo

Manaus - Am

info@maiscristo.org

CONECTE-SE NEWSLETTER
  • Grey Twitter Icon
  • Grey Facebook Icon

© 2016 por Igreja Batista MAIS CRISTO.

bottom of page